- Ano: 2015
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Fotografias:Rodrigo Dávila Fotografía
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Fabricantes: Accesorios y Acabados
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto para o bloco TX da Universidade de Los Andes localiza-se no setor normativo 2B do Plano de Regularização e Manejo aprovado por meio da resolução 009 de 2003. O novo projeto foi implantado dentro do prédio principal do campus universitário (Kr 1 N° 18A – 12), em meio aos blocos de conservação patrimonial U (a capela), R e X (Vila Paulina) que circundam o futuro edifício. Este projeto surgiu a partir da necessidade de uma infraestrutura nova e aprimorada para a Faculdade de Artes em termos de espaços acadêmicos e de serviços. Além disso, o novo edifício atuará como articulador de diversas atividades na parte alta do campus universitário.
IMPLANTAÇÃO DO EDIFÍCIO
O edifício está localizado na parte nordeste do campus universitário, entre as cotas 2.659 m.s.n.m. e 2.675 m.s.n.m. com as dimensões do lote de 40,7 metros no sentido longitudinal e 16,3 metros no sentido transversal. Este edifício será implantado no lote que atualmente é ocupado pelos edifícios Tx e Tr, por estes não cumprirem os padrões acadêmicos atuais em termos de infraestrutura e resistência a abalos sísmicos.
A implantação responde à necessidade de vencer a topografia existente e interligar os diferentes níveis, gerando uma sequência de pequenas praças e escadas cobertas que permitem conectar os edifícios R, U e Vila Paulina (sendo que estes três são de conservação arquitetônica) e um futuro com o edifício do novo centro esportivo, integrando-o com o resto do campus, que se estende aos edifícios ML e W (intervenções recentes que fazem possível esta conexão). Esta diferença de níveis determina a altura do novo edifício. Como ponto importante da implantação, pretende-se gerar acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida ao longo do percurso como ocorre em outros edifícios do campus.
O edifício conta com dois acessos diretos ao campus, um deles localizado na esquina da fachada nordeste, lateral ao restaurante Vila Paulina, e em frente ao abside da capela (Bloco U, biblioteca de arquitetura), e o outro a partir da Av. Circunvalar (fachada leste) através de uma ponte para pedestres no mesmo nível da cobertura transitável do edifício projetado, que conecta-se ao acesso futuro ao edifício do centro esportivo. Por meio de sua implantação, o edifício busca habilitar a conexão com o Bloco T.
A justificativa da presença e implantação do edifício Tx, não vai além da ideia de construir o campus a partir da estratégia de tecer e conectar, gerando novas relações entre o espaço aberto, os edifícios existentes, e os percursos atuais.
Tal consideração nos leva a definir o novo edifício Tx como uma relação de cheios e vazios que estabelecem um diálogo com a presença dos edifícios patrimoniais existentes.
CONCEITO ARQUITETÔNICO
O edifício foi concebido como um prisma puro (paralelepípedo retangular horizontal) que sofre perfurações como uma resposta à presença dos edifícios ao seu redor, que tem um caráter patrimonial, produzindo dentro de si um negativo das massas externas existentes. Assim, partindo de um bloco liso e compacto, subtraiu-se do edifício pedaços equivalentes às projeções dos volumes dos edifícios de conservação que o rodeiam.
Estes vazios transformam-se em praças localizadas em diversos níveis, que funcionam como elementos de diálogo com o entorno, enquanto a massa pretende desaparecer por meio da utilização de um material que reflete o contexto imediato na fachada. Este efeito é obtido pelo uso de vidro serigrafado de cor branca, que, além de permitir certa transparência de demarca as belas visuais do entorno, como a Quebrada la Leona, os jardins da Vila Paulina e os próprios edifícios de conservação, permite também uma visão distante aos morros ao leste.
Como resposta ao entorno, o edifício se apresenta como elemento imparcial, respeitoso ao contexto no qual a paisagem se justapõe à pureza da volumetria proposta.